
QUEM SOMOS
A Vinculare nasce de um desejo profundo de criar um espaço pra falar de afeto, de amor, de troca, de empatia e de formação genuína de vínculos.
Vivemos um momento de muitas crises - na economia, na política, na educação, na ética, nos valores - e, como se não bastasse, também estamos em crise na maneira como nos relacionamos, sobretudo na forma como amamos. O encontro com o outro está cada vez mais difícil, fragilizando as relações, cada vez mais inconstantes, e aumentando a sensação de vazio.
Diante desse cenário, tornou-se providencial o desenvolvimento de um canal para compartilharmos pensamentos, ideias, conhecimentos e experiências que nos ajudem a refletir e a nos trazer mais luz e consciência, a fim de nos relacionarmos melhor tanto no foro íntimo, quanto no coletivo.
O caminho para um mundo melhor, dentro da concepção da Vinculare, está intimamente ligado à busca pelo autoconhecimento. A coletividade, essa entidade abstrata, formada pelo conjunto dos outros, é a somatória das individualidades. Só se alcança o outro por meio das relações humanas. Não se ergue sujeitos saudáveis sem relações saudáveis. Não se constrói uma coletividade saudável sem a existência de indivíduos saudáveis. O relacionar-se é fator fundamental da saúde humana. Essas são as preocupações da Vinculare e é disso que falaremos.
Acreditamos nas relações como laços: dois inteiros que se abraçam e se soltam de maneira livre, cuidando para não formarem nó, entregando o seu melhor e aceitando o melhor do outro, acreditando que juntos ganham força e beleza, sem perderem a autenticidade.
O LAÇO E O ABRAÇO – Mário Quintana
Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando
voltas. Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e
pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com
coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um
abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o
faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um
pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as
duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de
amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. E saem
as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum
pedaço. Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

Ana Clara Dumont
Psicóloga no consultório e na vida (nunca perde esse olhar). Metade mineira, metade paulista. Libriana, que aprendeu a seguir a intuição para conseguir decidir. Procura ver sempre a metade cheia do copo. Fé na vida, nas pessoas e no mundo. Sempre em busca de sentido. Também fez comunicação e vem se aventurando na arte de colocar suas ideias no papel e trazê-las para o mundo.

Patrícia Paiva
Psicóloga com foco em desen-volvimento relacional e afetivo. Atende adolescentes, adultos e casais. Otimista quanto aos novos rumos que as relações humanas estão tomando, embora bastante realista no que diz respeito aos processos para se conseguir estabelecer vínculos mais plenos, autônomos e ricos de sentido. Não acredita em fórmulas de relacionamento e sim na construção criativa e responsável de um viver mais leve, consciente e saudável.
Especialista em terapia de família e de casal pela Universidade Federal de São Paulo. Especializanda em Gestalt Terapia pelo Instituto Sedes Sapientiae.